de OpenERP para Odoo: evolução dos treinamentos oficiais Odoo ministrados pela Akretion no Brasil. Retrospectiva



Com os primeiros passos da Localização Brasileira do OpenERP surgiram os primeiros treinamentos oficiais.



Fundada em São Paulo em Julho de 2009 com foco no OpenERP desde o início, a Akretion foi realmente a empresa que trouxe o OpenERP (agora Odoo) para o Brasil, após 2 anos de experiência na Europa, de um de seus fundadores (Raphaël Valyi).


Depois de dois anos de trabalho incansável do também sócio Renato Lima na Localização Brasileira, a Akretion conseguiu exportar a primeira nota fiscal a partir do OpenERP no início de 2011, o desafio de adaptar o OpenERP para o Brasil estava no trilho.

A Akretion já era parceira da OpenERP SA desde 2009 e o sócio Raphaël Valyi já possuia a experiência da parceria com a OpenERP SA desde 2008 com a empresa francesa Smile.fr. Em 2011 então, depois que a OpenERP SA levantou 3 milhões de euros de capital de risco e decidiu acelerar sua expansão international, nasceu o programa de treinamento oficial em vários países do mundo, inclusive no Brasil através da Akretion.

A Akretion havia realizado em torno de 95% da Localização Brasileira e foi então escolhida para esse papel, ainda mais tendo Raphaël formado vários engenheiros ao montar a divisão OpenERP da Smile.fr na França -- hoje a maior integradora focada em open source da Europa com 700 colaboradores (hoje com algo em torno de 15 colaboradores focados em OpenERP / Odoo, mas mesmo assim, em 2009 foi líder do OpenERP na França).


Os primeiros treinamentos no Brasil em 2011 foram um grande desafio, pois entre 2009 e 2011, apesar de desenvolver a Localização Brasileira, a Akretion realizava 80% de seu faturamento trabalhando offshore para os mais ambiciosos projetos OpenERP nos EUA e na Europa, graças, por exemplo, à repercussão da liderança da Akretion no connector OpenERP - Magento. Só bem no fim de 2010 tinhamos atacado os primeiros cases no Brasil.


Contudo aceitamos o desafio e realizamos uma primeira turma em Maio de 2011. Dos alunos dessa primeira turma 3 são nossos clientes até hoje: uma empresa de 15 pessoas e uma outra de 500, fornecedora da Volkswagen em São Paulo. Claro que naquela época, para quem não fosse fazer a implantação com a Akretion, o desafio era muito, mas muito grande.



Porém, mesmo que o desafio fosse imenso em 2011, a oportunidade era também imensa: naquela época, você podia ainda apostar tudo no OpenERP e pegar os 3 primeiros lugares do mercado de integração ainda em gestação e se você fosse uma empresa usuária final, você poderia contar com a Akretion disponível para realizar seu projeto, enquanto dificilmente temos disponibilidade para atender o telefone nos últimos anos.


Vale a pena lembrar por exemplo, que uma empresa como CampToCamp que hoje pode facilmente ser considerada lider mundial do OpenERP, era uma pequena empresa que foi muito audaciosa em arriscar o então TinyERP (o nome do OpenERP antes de 2008) em 2006, incialmente de bobeira, mas que segurou firme com sua excelente equipe e se transformou na empresa que é hoje.


Retornando aos treinamentos: de 2011 até hoje eles foram sendo aperfeiçoados e ajudaram a Akretion a realizar o imenso trabalho da Localização Brasileira do OpenERP / Odoo durante os últimos anos. Até que, recentemente, na versão 7, implementar o OpenERP saindo dos cursos era algo que se tornou mais razoável para pessoas com bons conhecimentos de ERP, bons conhecimentos em ciência da computação e dedicadas.



A fórmula e os desafios dos 2 treinamentos: técnico e funcional nos 3 últimos anos.


Nos 3 anos, nós treinávamos em torno de 8 pessoas a cada 2 meses, com 2 treinamentos: o funcional e o técnico; os famosos 'CTP - Certified Training Program'.


Para cada um desses treinamentos de 5 dias, a OpenERP repassava uma apostila em inglês de umas 70 páginas com teoria e exercícios. Nós traduzíamos a apostila do treinamento funcional, mas principalmente, incluíamos o treinamento sobre a localização que a Akretion havia criado. Em troca do material oficial e da divulgação, uma grande parte da margem também era repassada para a OpenERP SA, dando suporte assim o desenvolvimento do core do projeto OpenERP.


Honestamente, em 2011, a apostila oficial não era tão boa (mas como dito, a oportunidade andava junto com o risco). Mas recentemente, após a versão 7.0, seu conteúdo melhorou muito e tornou-se bastante satisfatório.


Raphaël havia feito pessoalmente o treinamento funcional com o próprio Fabien Pinckaers em Janeiro de 2008 em Paris; provavelmente foi a primeira turma. Naquela época o treinamento já era bastante denso, apenas com a parte oficial.


No Brasil, o desafio de realizar o treinamento era grande, pois o OpenERP era novo no mercado brasileiro, as empresas não queriam se arriscar em gastar muito, o treinamento então só poderia ser mesmo aqueles dois sets de 5 dias.


Porém, 5 ou 10 dias para se aprender um ERP é muito pouco. No SAP, o treinamento vai de 3 a 6 meses, e implementar o SAP é bem mais fácil que implementar o OpenERP para quem implementa, pois se gasta milhões e milhões de P&D cada ano para que as coisas básicas funcionem sem que o consultor tenha também que ser um 'gênio' do código capaz de corrigir qualquer falha, como tem que ser com o OpenERP que tem um investimento bastante inferior.



O treinamento técnico de 5 dias era o original. Quem se dipõe a aprender o OpenERP tem a impressão de estar aprendendo durante uns 2 anos. Mas aquele treinamento certamente poupa uns 3 meses de aprendizado full time de um engenheiro de computação bastante autodidata. Qual seria então o benefício do treinamento técnico? Faça as contas: quanto custa para a empresa um bom engenheiro de computação no período de 3 meses e quanto custa a semana de treinamento técnico? Com certeza o valor do treinamento é interessante: a empresa poupa uns 8 mil reais assim.


O treinamento funcional era mais complicado: como os 5 dias já eram para ser corridos, o fato de acrescentar a localização brasileira, uma das mais complexas do mundo, não ajudava. Mas como o mercado não estava disposto a comprar mais treinamentos, para formamos turmas com um número viável de pessoas, simplificamos alguns aspectos do treinamento funcional original nas partes de gestão documentária, gestão de RH, contabilidade analítica e no lugar a Akretion acrescentou 12 horas mais ou menos dedicadas a explicar a parametrização fiscal, a transmissão da nota fiscal eletrônica, a gestão financeira -- que no Brasil é toda com pagamentos fracionados (na Bélgica e na França, mercado de origem do OpenERP isso é raro).


Com isso, o treinamento funcional poderia dar a impressão de ser apenas um overview. Mas novamente, como as pessoas não queriam comprar 20 dias de treinamento, era o que podíamos fazer naquela época, e depois as pessoas iriam ter que continuar a descobrir coisas com o uso.


Se após o treinamento, a empresa trabalhasse com a Akretion, como cliente final ou como parceiro, assim como estamos fazendo com a Nitens por exemplo, o desafio era razoável e já permitia ver bem o que esperar do OpenERP; trabalhando sozinho ainda teria muito trabalho e só os melhores iriam conseguir. Eram poucas pessoas, mas novamente, comprando 5 dias de treinamento SAP ou Datasul, com certeza uma implementação não seria possível sem se dedicar meses ou até anos de aprendizagem.


Durante esse 3 anos, as turmas eram compostas mais ou menos de 70% dos alunos que eram profissionais ou futuros profissionais da área. Apenas 30% dos alunos vinham de empresas finais, com conhecimentos fortes e bastante ambição. Procurávamos checar, quando as pessoas entravam em contato com a Akretion, se elas já tinham um bom conhecimento do Linux e de software livre, senão o treinamento iria ser catastrófico.



A falta de controle da rede de parceiros oficiais e os problemas de má qualidade.



Com isso porém, o mercado do OpenERP chegou a superaquecer no Brasil, assim como em vários outros lugares do mundo. A OpenERP SA havia aberto no fim de 2010 um escritório na Califórnia onde contratou vendedores que ganhavam por comissão sobre as vendas de parcerias com a OpenERP SA no Brasil.


Isso acelerou o mercado, mas teve um efeito muito perverso: deixou-se de praticar qualquer controle do nível das empresas que queriam ser parceiras. Incluindo empresas que se não tivessem sido contatadas nunca teriam arriscado e que, apenas olhando a evolução do código fonte e os fóruns da comunidade, acreditaram que também poderiam fazer, sem conhecer a realidade do trabalho. Com um agravante: muitas das vezes eram as pessoas mais despreparadas que menos enxergavam a complexidade do trabalho e acreditavam que iriam realizá-lo sem ter o preparo e a dedicação necessários.


Porque melhorar a qualidade do core do OpenERP e da localização era na realidade a única solução para atender o mercado em escala maior.


Muita gente por exemplo não entende porque a Akretion muitas vezes não está disponível enquanto várias empresas se atêm ao fato de terem muito mais 'disponibilidade' que a gente, sempre terem alguém para atender ao telefone, terem um comercial para vender algo e até mesmo um estagiário para instalar um OpenERP. O ponto aqui é que estas empresas apenas tinham disponibilidade pois trabalhavam com profissionais que não possuíam o alto nível de formação em computação e ERP's necessários para se trabalhar com OpenERP / Odoo; a explicação para a nossa 'falta de disponibilidade' era então somente essa.


Muita gente mal informada confundia os meses de trabalho para implementar o OpenERP / Odoo com as horas para instalar o framework OpenERP / Odoo. Com isso, designavam um estagiário para instalar o OpenERP / Odoo e depois procuravam suporte na Akretion e/ou na comunidade à medida que iam descobrindo que instalar era só o topo do iceberg.


Outro ponto a ser levado em consideração é que havíamos trazido o OpenERP/Odoo para o Brasil e estávamos ainda criando as condições para o surgimento de um mercado no Brasil, o que não nos permitia contratar profissionais da computação do nível dos sócios (Renato Lima, Raphaël Valyi, Sébastien Beau e Alexis de Lattre), já que estes estavam se arriscando.



A única solução era mesmo realizar enormes progressos tanto na Localização Brasileira quanto no core do OpenERP para que pessoas com menos experiência fossem também capazes de realizar projetos ou pelo menos partes de projetos com a supervisão das pessoas mais experientes. Porém, a evolução da localização e principalmente a forma como ela se integra com o core do OpenERP / Odoo não é tão simples assim: como nós não somos commiter do core do OpenERP / Odoo (apenas a OpenERP SA é), apesar de sugerirmos dezenas de patches ao longo dos anos, as mudanças no core não dependem muito da gente, mesmo se tentamos influenciar o máximo possível para que a localização possa se integrar da forma mais suave possível.


No core, a OpenERP SA preferiu adicionar funcionalidades e a evolução do ERP em geral do que estabilizar o codigo existente. Com isso se vc comparar o código do OpenERP / Odoo entre cada versão, nota-se muita diferença. Essa escolha estratégica é totalmente legítima, pois era muito melhor que se consertasse o design do core que congelá-lo em um estado que nunca iria ganhar escala. Porém, deve-se enxergar que esse ritmo de mudança, não ajuda a estabilizar e a facilitar as coisas no Brasil e todos os outros países onde as localizações são complexas.


Todos esses pontos explicam nossa pouca disponibilidade e, pelo que sabemos, das mais ou menos 30 outras empresas que realmente sabem implementar o OpenERP/Odoo no mundo. Por exemplo, a filial da Akretion na França está crescendo a toda velocidade, já tendo mais poder de fogo no OpeERP/Odoo que a Smile.fr de 700 colaboradores, e isso sem mesmo termos colocado o telefone no site francês da Akretion (claro que nossos clientes possuem todos os contatos). O motivo aqui é o mesmo, damos prioridade à P&D para podermos ter escalabilidade. Quanto antes isso ocorrer, mais rapidamente poderemos lidar com o mercado em sua globalidade.


Uma solução seria o investimento para contratar outras pessoas de talento, é claro. Porém, sempre que for possível, decidimos evitar recorrer ao investimento financeiro na Akretion, pois paga-se muito para intermediários, perde-se tempo para convencer um business angel ou um banco que, geralmente, não entende como funciona uma empresa de open source com licença 'copyleft' como a AGPL do OpenERP / Odoo.


Nesse cenário de aquecimento, no mundo inteiro, foi então contratado um grande número de parceiros que não tinham a menor condição de implementar o OpenERP/Odoo, ao contrário do que pretendiam; e, sem o menor controle de entrada, os treinamentos também não iriam mudar da água para o vinho -- treinar estagiários contratados uma semana antes do treinamento, não fará com que eles consiguam realizar o mesmo trabalho que profissionais que têm 10 anos de experiência e trabalham 60 horas por semana. Como exemplo podemos citar um cliente com o qual estamos trabalhando há 2 anos que, antes de chamar a Akretion, teve o projeto fracassado 2 vezes seguidas por dois parceiros ou ex parceiros oficiais da OpenERP/Odoo.


O controle de qualidade com a prova de certificação oficial dos parceiros na qual o team brasileiro da Akretion alcança a melhor nota mundialmente.



Mudanças no modelo eram necessárias...


...E a solução que a OpenERP SA escolheu foi criar um programa de certificação mundial, onde o candidato é submetido a um teste de 2 horas com 100 de 600 perguntas num centro Pearson Vue. Como o programa tem um certo custo para a OpenERP SA, ele tem que ser homogêneo no mundo inteiro e então não pode contemplar as localizações.


Além disso, a OpenERP SA informou que iria passar a exigir que todos os parceiros dela fossem certificados. A Akretion, por exemplo, já se certificou, com 89 pontos sobre 100, a nota de Raphaël foi a maior entre todos os parceiros do mundo; também iremos certificar um ou dois outros consultores em breve (até o momento, ainda não sabemos de nenhuma outra certificação no Brasil).



Porém, a certificaçao não é tao fãcil, se você não tiver pelo menos um ano de prática, seria bem improvavel obtê-la. O treinamento ajuda muito, mas a prática é indispensável (e existem até Gold partners na Europa com 5 anos de prática que não conseguiram atingir o mínimo de 70 pontos, mesmo apos 2 ou 3 tentativas).



A necessária reformulação dos treinamentos em treinamentos mais modulares e mais completos, que correspondem a um mercado que se profissionaliza e se racionaliza.



O efeito colateral da implantação do programa de certificação foi que a OpenERP SA nos obrigou a tirar a localização do treinamento oficial funcional, para focar os 5 dias apenas nas partes oficiais que poderiam cair na prova de certificação. Com isso o treinamento da localização iria tornar-se um treinamento adicional.


Durante um período de transição, isso virou um problema, pois o treinamento fucional de 5 dias não interessava mais tanta gente. Antes 30% dos alunos eram empresas finais. Mas com esse novo foco no preparo da certificação, mal sobrou uma parte dos profissionais da área e as empresas finais, talvez com razão, não estavam muito dispostas a fazer esse investimento de 5 dias para virar especialista em MRP, mas sem saber emitir uma nota fiscal depois.


Do lado da Akretion, também não era mais viável preparar um treinamento sem turmas suficientes: tem as apostilas para traduzir, os excercícios para renovar e testar a cada versão (e as mudanças são grandes!), seguir e adaptar é um trabalho importante.


Então passamos por um período -- recente -- em que o treinamento foi remarcado algumas vezes. Acreditamos que isso é um período de transição até que a certificação passe a ter valor no Brasil.


Nós havíamos alertado a OpenERP SA desde o início sobre o fato de o Brasil não se enquadrar exatamente nesse modelo de certificação e que aqui, dificilmente, as LTDA que o OpenERP/Odoo tem como público alvo iriam dar um peso decisivo na contratação de um consultor pela sua certificação ou não. Talvez isso não seja o mais correto, mas é um fato.


Empresas maiores podem até se importar com a certificação do consultor, mas o OpenERP/Odoo vai ter que caminhar ainda um bom tempo, emitir varios SPED's para que empresas grandes cheguem a escolhê-lo no Brasil. Além disso, precisa-se de anos para treinar os então consultores para que sejam capazes de atender esse mercado, se não, são apenas 4 pessoas e isso não faz um mercado.


Esse política de certificação deveria talvez ter sido aplicada de uma forma mais progressiva. Contudo, sabíamos que para a OpenERP SA implantar o programa de certificações em escala mundial era um desafio, e acompanhamos a OpenERP SA nesse desafio, apesar do impacto negativo nos treinamentos nesse período de transição.


Com este novo cenário, nós remanejamos os treinamentos da seguinte forma:


* treinamento técnico de 5 dias: o treinamento oficial mesmo, na mesma fórmula que antes, mas atualizado para Odoo v8, é claro; pontos abordados:



  • Iniciação ao OpenERP

  • Introdução e Arquitetura

  • Instalação

  • Administração

  • Objetos do OpenERP avançado

  • Visões de objetos OpenERP avançado

  • Workflows e Processos de negócios

  • Desenvolvimento de módulos

  • Relatórios

  • Wizards

  • Backup

  • Interface XMLRPC

  • Importação e Exportação de dados


* treinamento funcional de 5 dias: o treinamento oficial que prepara para a certificação e inclui um voucher de certificação -- esse treinamento é online, o que facilita se ele tiver que ser remarcado; pontos abordados antes e depois:











  • Modelo de Plano de Contas contábeis;

  • Principais Impostos Brasileiros (ICMS, IPI, PIS, COFINS, CSLL, IR, IRPJ, ISS, etc.); 

  • Cálculo dos impostos com substituição tributária, redução de base, suframa, etc; 

  • Operações Fiscais (Venda, Simples Remessa, Bonificação, etc.) 

  • Cadastro de Classificação Fiscal (NCM); 

  • Extensão do cadastro de Parceiros(Clientes e Fornecedores):CNPJ, IE, Inscr. Municipal, Tipo Fiscal; 

  • Base de dados de CEPs para auxiliar o cadastro de endereços; 

  •  Nota Fiscal Eletrônica 2.00.




  • Dia 1: Introdução, CRM, Gestão de vendas;

  • Dia 2: Direitos de acesso, Gestão Compa e Venda, Contabilidade financeira;

  • Dia 3: Gestão de Projetos, RH, Gestão de contratos;

  • Dia 4: Gestão de estoque, Produção e Vendas, Importação/Exportação;

  • Dia 5: Lista de preços, Pontos de Venda (PdV), Introdução à customização de relatórios.



* treinamento de 2 dias localização avançado: para que se possa falar 2 dias sobre localização, porém, o treinamento funcional de 5 dias é pré-requisito. Até elaboramos um material didático perfeito, esse treinamento é presencial em São Paulo, permitindo mais interatividade.


* treinamento de descoberta de 2 dias: ideal para ver como gerenciar notas fiscais de entrada e saída numa empresa do Simples Nacional no contexto de um projeto supervisionado pela Akretion (hoje, depois de muita P&D, temos como oferecer isso barato e escalável; não era o caso antes). Esse treinamento é online e terá início logo que a versão 8 se estabilizar; pontos abordados:



  • Introdução sobre o projeto

  • Descrição dos módulos

  • Módulo l10n_br_base e cadastros dos parceiros

  • Uso da localização do CRM

  • Regras para determinações dos impostos:

  • Cadastro do emitente (CNAE's...)

  • NCM's

  • CFOP's

  • Posições fiscais

  • Regras fiscais

  • Uso da localização em vendas

  • Documentos Fiscais

  • Séries de documentos

  • Uso da localização em compras

  • Notas fiscais de entradas

  • Notas de remessa

  • Transmissão notas fiscais de saída de produtos e cadastros das notas de serviço

  • Refunds

  • Substituição Tributária

  • Gestão financeira

  • Boletos


As perspectivas da Odoo v8 no Brasil.


Vemos então que a oferta de treinamentos do OpenERP / Odoo no Brasil se diversificou e aumentou. Isso é a evolução lógica: o Odoo está agora um produto melhor, muito mais completo e com mais referências até mesmo no Brasil.


Com isso, apos 5 anos, termina a época do pioneirismo (que será objeto de um outro artigo do blog) e o mercado se profissionaliza, procura-se evitar o mau profissional, e o bom profissional investe mais e trabalha mais e de forma mais eficiente; é menos o faroeste onde cada um falava e fazia o que queria em toda impunidade.


Vemos também a versão 8 do Odoo crescendo mais no Brasil e as empresas querendo se especializar de uma forma mais firme, é só ver, por exemplo, a evolução da gestão de estoque, o WMS da v8 para ver que realmente o Odoo está se tornando mais profissional.



Nessa parte de gestão de estoque agora falta muito pouca coisa comparando-se com o SAP e, o que faltaria, pela flexibilidade do Odoo, um consultor consegue customizar muito mas rápido que no SAP. As melhorias são gerais nessa v8. Se olharmos por exemplo a gestão de RH, dificilmente se faria a folha de pagamento de uma forma legal no Odoo, mas mesmo assim, agora tem-se uma ótima gestão de funcionários, até para empresas com milhares de funcionários.


A parte da localização ainda dá um pouco de trabalho, mas também está o dia e a noite se for comparada à localização de 2 anos atrás.


Para completar, temos que falar que estamos esperando da OpenERP SA o material de treinamento da versão 8 sobre o core do ERP (até agora nenhum parceiro de treinamento teve acesso a esse material). Com os próximos treinamentos visando a versão 8, é crítico termos esse material para que o treinamento funcional online seja perfeito e prepare devidamente para a certificação, como é o seu propósito. Poderia-se também imaginar que o material de treinamento fosse totalmente da responsabilidade da Akretion, porém, com as margens que a OpenERP SA recebe pelos treinamentos oficiais 'CTP', não há espaço para esse tipo de investimento.


Pensamos também que a OpenERP SA está super atarefada nesse momento com o lançamento do Odoo v8 enta e que qualidade geral do Odoo v8 é muito boa, bem melhor do que as versões 6 e 7. Porém, assim como para qualquer release do OpenERP / Odoo, ainda existem alguns bugs no momento do release e até algumas regressões.


Consideramos também importante o fato da OpenERP SA analisar o feedback feito pelos parceiros e a comunidade no Github e processar os 200 pull requests que foram criados para solucionar esses problemas. Isso evita que o lançamento da v8 seja congelado com bugs críticos e que depois a comunidade tenha que usar demais patches para fazer o Odoo funcionar nos casos reais menos triviais.


Se analisarmos o bug tracker no Github, podemos ver que os relatórios de bug e os 'pull requests' (patches) já estão se acumulando bem mais rápido do que estão sendo processados. https://github.com/odoo/odoo/issues?direction=desc&sort=created&state=open


Esperamos que isso não volte a ser a tendência (no Launchpad eram literalmente centenas de patches que nunca foram considerados), apesar de um bom começo com as coisas sobre controle no primeiro mês que o Odoo foi colocado no Github -- até mesmo por isso que não estamos colocando todas nossas forças na migração da localização agora, pois iríamos queimar recursos nossos sem poder rentabilizá-los a curto prazo.


 


 


 

Sobre o autor

Founder
Raphaël Valyi
Founder - Brazil
Raphael, when he worked in Smile the French IT company, led the most thorough comparative study on ERP OpenSource (OpenERP, Openbravo, Compiere, Adempiere, ERP5 Ofbiz, etc ...) that led to writing a white paper of 120 pages. It has over 5 years experience in OpenERP and achieved more than 10 ...

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